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Desmistificando a Terapêutica do Cancro

 

Desde o ano de 1989, data da minha inscrição como Membro do “International Institute for Research on Metabolic Diseases and Cancer (I.R.M.C.)”, que tenho trabalhado directamente com muitas centenas de pacientes com cancro, numa abordagem e aplicação bromatológica e biotrofológica constante, pelo que ainda espanta-me como ninguém ainda considera o conceito simples de que, o cancro se alimenta de açúcar, dentro de um plano de tratamento abrangente para esse tipo de mal. Dos muitos milhões de pacientes com cancro no mundo inteiro, a uma pequena percentagem é-lhes oferecida uma terapia baseada na ciência da nutrição, para além de ser-lhes recomendado comer “alimentos saudáveis”. Deste modo, a maioria dos pacientes que atendo, incluindo pessoas cultas e intelectualmente informadas, nunca foram aconselhadas nutricionalmente. Estou convicto, até pelos largos anos de experiência, que a maioria dos pacientes com cancro iria melhorar substancialmente se controlasse o fornecimento do “combustível” preferido pelo cancro, isto é, a glicose. Assim, diminuindo a taxa de crescimento do cancro, os pacientes permitiriam que os seus sistemas imunológicos, e até as terapias médicas convencionais (quimioterapia, radioterapia e cirurgia para reduzir a massa tumoral), vencessem a doença. Portanto, controlar os níveis de glicose através da dieta, suplementos nutricionais (produtos ortomoleculares), hemoterapia, homotoxicologia, exercícios físicos, meditação e medicação convencional ou não, quando necessário, pode ser um dos mais cruciais instrumentos num programa de recuperação a partir de componentes de cancro. Em 1931, o prêmio Nobel de medicina alemão Otto Warburg, foi o primeiro médico que descobriu que as células cancerosas têm um metabolismo energético diferente em comparação com as células saudáveis. O cerne desta tese do Prémio Nobel foi que, os tumores malignos, ao contrário dos tecidos normais, frequentemente exibem um aumento na glicólise anaeróbia – que é um processo no qual as células cancerosas usam a glicose como combustível e como um produto residual obtido através do ácido láctico. Deste modo, posteriormente, esta grande quantidade de ácido láctico produzido por fermentação de células cancerosas sustentadas pela glucose é transportado para o fígado, originando a conversão da glicose em lactato que, por sua vez, gera um pH mais ácido nos tecidos do cancro e fadiga generalizada do processamento do ácido láctico. Assim, os tumores maiores tendem a apresentar um valor de pH mais ácidos. Esta é a principal razão pela qual 40% dos pacientes com cancro morrem de desnutrição ou caquexia (caquexia (do grego κακός, "ruim", e ἕξις. "condição") é uma síndrome complexa e multifactorial que caracteriza-se pela perda de peso, atrofia muscular,etc.). Assim, as terapias do cancro – convencionais ou não - deveriam regular os níveis de glicose através da dieta, dos suplementos nutricionais, das soluções não-orais para pacientes com caquexia que perderam o apetite. Neste ponto do processo da terapia contra o cancro, aconselho vivamente que o paciente seja acompanhado por uma orientação profissional de auto-disciplina, pois será crucial. O objectivo não é eliminar totalmente os açúcares ou carboidratos da dieta (dieta cetogénica), mas manter os níveis de glicose numa faixa reduzida para que o cancro morra de fome e para fortalecer o sistema imunológico do paciente.O açúcar é um termo utilizado para identificar os hidratos de carbono simples genéricos, incluindo monossacarídeos, tais como frutose, glucose e galactose, e dissacarídeos tais como a maltose e a sacarose (açúcar de mesa). Pense nestes açúcares como diferentes tamanhos de tijolos numa parede. Se a frutose é o monossacarídeo predominante na parede, considera-se que o índice glicémico é mais saudável, uma vez que este açúcar simples é lentamente absorvido no intestino e, em seguida, passa a tornar-se glicose no fígado, resultando numa lenta absorção de alimentos, que oferece um aumento mais gradual, e diminuição dos níveis de insulina. Se a glicose é o tijolo monossacarídeo predominante na parede, o índice glicémico será mais elevado, e, portanto, menor para o indivíduo saudável. Quando a parede de tijolo é quebrada durante a digestão, a glicose é conduzida através da parede intestinal para a corrente sanguínea directamente, aumentando rapidamente os níveis de glucose no sangue. Obviamente que as dietas hoje em dia têm altos níveis de açúcar e estão a ter efeitos insalubres em relação ao açúcar no sangue. O excesso de glicose no sangue pode contribuir para a proliferação da célebre e pouco lembrada “cândida albicans”, deteriorando os vasos sanguíneos, aumentando as doenças cardíacas, e tantos outros problemas de saúde. Compreendendo, e usando o índice glicémico, será um aspecto importante a ter em conta na elaboração dos protocolos terapêuticos e na dieta de pacientes com cancro!

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