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Excelentíssimo Senhor Bastonário

 

 

             Com o devido respeito, deferência e, maiormente, eivado pelo melhor propósito de esclarecimento opinativo, e em face de um artigo por si publicado na manifesta Revista (número 143 – página nove) da Ordem Portuguesa de Medicina da qual também é director, que foi editado em Setembro de 2013, com o título “Último Editorial”, venho por este meio dizer-lhe, sob a sagrada regência da lembrança, que as doenças reais e básicas do homem são certos defeitos como o orgulho, a arrogância, a crueldade, o ódio, o egoísmo, aignorância, a instabilidade e a ambição, pelo que gostaria que as minhas palavras tornadas públicas, e à sua pessoa conduzidas, não fossem apreendidas como afronta, deselegância, ataque pessoal ou pueril má-criação. Mas, tão-somente, uma reflexão justa e oportuna sobre um vasto tema que abordou com total desprezo, inelegância, e falta de tacto, sendo irredimível e incontornável para o cargo que ocupa numa respeitável instituição que muito deve aos portugueses e da qual é o seu momentâneo presidente.

 

 

            Senhor Bastonário, perante o texto por si assinado, sou obrigado a pensar que verdadeiramente não teve noção, ou melhor, não quis ter o mínimo conhecimento sobre a Medicina Integrativa, também apelidada de “Complementar” ou, não menos designada por “Alternativa”, que aborda de forma integral e completa o processo de cura do paciente, envolvendo a mente, o corpo e o espírito. Mas, para que saiba Senhor Bastonário, os termos empregues combinam totalmente a Medicina dita Convencional com as práticas de Medicina Complementares, que tenham mostrado-se mais promissoras. Essa é a proposta. Eis, uma nova abordagem, chamada “medicina integrativa” com todas as suas multidisplinaridades que tem conquistado internacionalmente espaço em instituições de vanguarda e pesquisa, hospitais, unidades de saúde e consultórios médicos ao propor transformações nesse cenário fragmentado e, nem sempre eficiente, que a medicina ortodoxa ainda mantém e da qual o Senhor é defensor e concessionário. E para que tenha uma maior noção sobre o tema, lembro que a nossa organização como movimento iniciou-se dentro de universidades americanas de pesquisa a partir de meados dos anos 70, no qual uma das suas grandes inovações está numa mudança de paradigma: sai a doença como enfoco principal da atenção e entra o paciente inteiro - mente, corpo e espírito - no centro do cuidado a prestar. Talvez, parecer-lhe-á esta explicação muito simples, mas, como será óbvio, é de facto um deslocamento gigantesco que modifica toda a prática médica, numa reação em cascata: o paciente é visto como agente responsável por sua melhoria e reabilitação, a consulta inclui uma atenção diferenciada, a relação médico-paciente fortalece-se, a escolha de terapias expande-se. Até mesmo o conceito da cura é ampliado, deixando de ser entendido apenas como ausência de doença, o que é bastante comum hoje em dia, para ser visto como o restabelecimento do bem-estar físico, mental e social – aliás, definição apropriada da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

 

 

                  Mas, Senhor Bastonário, em presença da sua falta de cuidado e de escrúpulo histórico, e para continuar a debater os pontos de vista aqui circunscritos como profissional não-convencional e membro efectivo de algumas prósperas e reverenciadas instituições internacionais, quero, também, aqui recordar-lhe um pouco sobre o empirismo. Tal como bem recordará - o empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas, e são essas experiências que formam ideias. O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias por onde percebe-se as coisas, independentemente dos seus objectivos e significados. Todavia, como poderá admitir, o termo tem uma etimologia dupla, a palavra vem do latim e, também de uma expressão grega, mas deriva de um uso ainda mais específico da palavra empírico, relativo aos médicos cuja habilidade deriva da experiência prática e não da instrução da teoria. Assim, o empirismo é uma teoria epistemológica que afirma que todo o conhecimento deriva da experiência e, consequentemente, dos sentidos. A experiência determina a origem, o valor, e os limites do conhecimento. Assim, e como teoria oposta ao racionalismo, critica a metafísica e conceitos como os de substância e causa. Nega, também, a existência de ideias inatas, ao conceber a mente como "um papel em branco" ou uma "tábua rasa", em que vão-se gravando as impressões vindas do exterior. Destarte, não aceita também a existência do conhecimento universal e necessário!

 

 

              Senhor Bastonário, discorrendo sinceramente que a discussão acima referida sobre empirismo foi esclarecedora, permita-me passar para a fase seguinte desta reflexão pública sobre o tema à sua pessoa dirigida, mercê do seu tão pretensioso e mal-intencionado texto sobre a Medicina Chinesa e Alternativa. E nesta fase, em abono da verdade, sou obrigado a admitir que, tendo observado médicos das unidades de emergência ressuscitar pacientes em coma, ou cirurgiões lutando por várias horas para manter a vida de vítimas sérias de acidentes de carro, não poderei concordar que “toda” a medicina ortodoxa está na idade das trevas, felizmente. Porém, muitas são as vozes, e numerosas evidências, que argumentam que há uma essência maligna nas firmas farmacêuticas, no Centro de Administração dos Alimentos e dos Medicamentos (FDA) e no Centro para o Controlo das Doenças (CDC), que são as duas organizações mais poderosas, nos EUA, e que controlam e dominam o mundo da medicina em todos os países do mundo através das suas tão poderosas subsidiárias (INFARMED), sem excepção. Tal como bem compreenderá, é importante aqui enfatizar que as mesmas pessoas que estão envolvidas economicamente com as firmas farmacêuticas, trabalham no FDA e no CDC. A despeito da luz brilhante de grandiosos e dedicados médicos das unidades de emergência e UTIs, a medicina alopática ocidental está mergulhada numa era de escuridão de pensamentos e ações que será lembrada com vergonha por muitos séculos à frente. E isto, o Senhor Bastonário, não poderá negar ou meramente desconhecer, certamente!

 

 

           Senhor Bastonário, permita-me lembrar que, olhando a história recente, podemos perceber a direção que a medicina ortodoxa e as indústrias farmacêuticas começaram a tomar quando companhias como a Bayer (naquele tempo chamada IG Farben), na Alemanha, começaram a construir e administrar locais como o campo de concentração de Auschwitz. Naturalmente lembrará, pelo menos historicamente falando, que na Alemanha nazista os hospitais eram rotineiramente utilizados por médicos alopatas para eliminar centenas de milhares de indesejáveis, preparando a equipa médica para horrores ainda maiores nos campos de concentração. Após, o Julgamento de Nuremberg, o terrorismo médico e farmacêutico ficou oculto e somente aparece aos nossos olhos quando erros dramáticos são cometidos. Mas, agora sessenta anos transcorridos, os erros têm sido muito grandes, e a única forma de manter o status quo do sistema médico/farmacêutico é a tentativa da negação total das suas barbaridades - mesmo quando milhões de pais, pelo mundo afora, choram o seu desespero pela epidemia de autismo, por exemplo. E isso terá a ver com o uso de certas vacinas e com as suas tão devastadoras iatrogenias!

 

 

           Senhor Bastonário, ficou evidente que deixou de querer notar, que, hoje em dia, a podridão em que a medicina alopática se tornou é vista em várias áreas e é sustentada pelas mentiras e decepções que as autoridades médicas, e certos meios de comunicação social, propagam. Tais mentiras obscurecem a luz da verdade ainda revelada através de muitos médicos e enfermeiras dedicados, que o Senhor no seu artigo apelida freneticamente - de traidores. Tenho total consciência que estas são alegações sérias, mas os factos comprovam a sua veracidade. A primeira grande mentira, que está sendo exposta por muitos cientistas e médicos ao redor do mundo, gira em torno da SIDA, e os seus tão conhecidos coquetéis, que têm uma taxa de mortalidade de cem por cento por via da pesada intoxicação medicamentosa. Não será despropositado pensar, que a medicina moderna está assassinando milhões de pessoas, enquanto os governos dos países e alguns meios de comunicação social gritam para gastar mais biliões de dólares em drogas que, de facto aceleram a destruição do sistema imunológico, sem actuar sobre os factores endotoxológicos pré-existentes que causaram o desenvolvimento da doença. Mas, este facto, parece não incomodá-lo quando acusa de perigo público a existência de TERAPIAS e terapeutas não-convencionais!

 

 

          Senhor Bastonário, ante o trabalho que teve com o seu artigo sobre as “Alternativas”, esqueceu-se do tratamento do cancro que será, mais cedo ou mais tarde, colocado na mesma categoria que as “loboctomias frontais”, pois, claro está, que a guerra contra o cancro está perdida porque a medicina ortodoxa está perdida. Em minha opinião, e não tenho porque calar, pelo contrário e por experiência própria, a quimioterapia e a radioterapia representam a pior abordagem ao cancro e, ainda assim, devido à sua rentabilidade, o campo da oncologia tornou-se um tipo de fraude que leva milhões de pessoas a mortes aterrorizantes. Portanto, não deve ser nenhuma surpresa para si saber que muitos oncologistas se recusam a receber quimioterapia quando são acometidos pelo cancro e, de igual forma, saberá que muitos médicos são conhecidos por recusarem-se a inocular os seus próprios filhos com vacinas, mesmo continuando a administrá-las nos seus pacientes. Mas, mesmo assim, convencido da sua arrogante certeza, eventualmente chamá-los-á de traidores!

 

 

           Senhor Bastonário, quando escreveu o seu artigo sobre as “Alternativas” também olvidou o sector da pediatria, que continua a sujeitar recém-nascidos a algo que o mundo nunca viu antes na sua longa história de barbaridades. As mesmas pessoas que, por décadas recomendaram fórmulas alimentares para bebés, ao invés do leite materno, estão agora injectando os bebés recém-nascidos, no seu primeiro dia de vida, com uma das mais perigosas vacinas conhecidas pelo homem, a vacina da hepatite B - apesar de não haver nenhum estudo científico de longo termo que certifique aos pais a sua segurança e de não haver nenhuma necessidade racional para as crianças receberem essa vacina. Os médicos desses bebés preferem violentar a vulnerabilidade dessas crianças, e seguir os chamados protocolos obrigatórios, a olhar directamente para a podridão que a sua medicina tornou-se. Realmente o que a medicina faz para os adultos é uma coisa, porque os adultos deverão saber no que estão metendo-se, mas os bebés são inocentes e altamente vulneráveis. Ante esse horror, saberá o Senhor que algumas valentes enfermeiras escolares, e outros profissionais, deram um passo à frente e tentam alertar as comunidades sobre o que essas vacinas contra hepatite B estão fazendo às crianças. Mas, os seus gritos estão caindo em ouvidos surdos. Tal é a natureza da medicina ortodoxa na era actual de escuridão. Convenhamos: as autoridades médicas oficialmente institucionalizadas, e o Senhor com o seu cargo público categoricamente representa isso mesmo, não podem mais escutar o chamado da verdade!

 

 

                 Senhor Bastonário, em nome da minha própria inteligência, do meu serviço público há mais de trinta e cinco anos sedimentado, faço aqui referência que é claro que há muitas outras áreas onde a escuridão de pensamentos e actos prevalecem na prática da médica ortodoxa dos dias actuais. Assim, há muitas questões, como o facto agora muito discutido do “aspartame” estar sendo empurrado para dentro de milhares de produtos comercializados com aparência inocente, e a medicina alopática, particularmente a sua instituição, não ter dito nem uma palavra a respeito até agora. A existência de doenças causadas pelo aspartame continua a ser negada pelo FDA e pelas entidades corporativas poderosas. Entretanto, a magnitude deste problema deveria levar à proibição da utilização deste químico, como uma eminente ameaça à saúde pública. Perante tudo isto, podemos raciocinar que é tão grande a dependência à medicina química que os médicos alopatas perderam a sua habilidade de perceber que químicos agressivos são perigosos à saúde humana. Desde o açúcar, flúor, pesticidas, herbicidas, hormonas bombardeadas nas galinhas e nos bifes, os agrotóxicos, os horrores químicos da produção moderna de lacticínios, remédios, conservantes em alimentos, produtos de limpeza doméstica, vacinas, alimentos refinados em geral, tudo o que não é natural tornou-se normal e a medicina ocidental pergunta-se por que as pessoas estão tornando-se mais e mais doentes. Portanto, e sem rodeios, a medicina alopática, e a sua coordenação ou agremiação oficial, tornou-se apenas mais um jogador no grande genocídio químico da espécie humana!

 

 

                Senhor Bastonário, com todo o devido respeito, permita-me perguntar: o que nós podemos esperar da era de trevas da medicina ortodoxa a não ser, que a sua medicina tornou-se contaminada? É realmente um grande problema, pois as pessoas estão realmente capturadas pela medicina ortodoxa e, a aceita cegamente, como se ela fosse uma nova religião – quando, na realidade é com toda a severidade o maior engodo já forjado por capitalistas imorais que tomaram o seu controlo, há pouco mais de cem anos. É fundamental entender, que os cuidados institucionalizados com a saúde estão quase que completamente sob a influência das indústrias farmacêuticas, e a função primária do FDA e do Infarmed é assegurar a rentabilidade das firmas farmacêuticas, indústrias químicas, e dos grandes conglomerados da agricultura agro-tóxica!

 

 

              Senhor Bastonário, penso que até que a Era das Trevas da Medicina Ortodoxa termine, milhões e milhões de pessoas serão levadas cegamente às câmaras de massacre dos hospitais e clínicas médicas por todos os cantos do planeta. Por certo, que não desconhecerá que é um facto conhecido que, nos Estados Unidos 250 mil pessoas perderão as suas vidas devido a certas práticas médicas, e esses números, em abono da verdade nua e crua representam estatísticas conservadoras. Portanto, essa escuridão esquematizada tem sido tão bem sucedida que as populações são completamente enganadas e não há mais necessidade dos “comboios da morte” dos nazistas, dos campos de concentração e das câmaras de gás. As pessoas entram nesse horror médico por sua própria e livre vontade e, na sua pura ignorância, sujeitam mesmo as suas crianças a uma forma de violência médica (as vacinas), da qual, muitas nunca irão recuperar-se!

 

 

             Senhor Bastonário, esqueceu-se propositada e levianamente no seu escrito que as autoridades médicas, que o Senhor representa tão solidamente, chupam o dedo enquanto a ocorrência do autismo agiganta-se entre a população jovem, e agora, ao invés de trabalhar para mudar qualquer coisa, os médicos alopatas, psicólogos clínicos e educadores tentam conter essa maré de problemas entre as crianças com ainda mais drogas e vacinas. Não esquecendo aqui o uso abusivo, vergonhoso e altamente perigoso da tão conhecida e apregoada “ritalina” para supostamente acabar com os distúrbios de atenção infantil, e também, da desatenção, cochilo e lapso de alguns adultos. Deste modo, as mudanças que realmente desejamos e preconizamos, infelizmente, somente virão com a confrontação, com a verdade sendo comunicada em círculos cada vez maiores e de forma ainda mais forte e directa. Tal confrontação é uma forma de amor, que é, ao mesmo tempo, compassiva e dura. A falha em confrontar a escuridão da fraude e da falsidade é um acto de cobardia e medo, ou mesmo egoísmo. A confrontação do que tornou-se a religião da medicina pode ser o mais alto exercício e demonstração de amor incondicional, pois, o propósito disso é, efectivamente, parar com os sofrimentos e mortes desnecessárias de milhões de pessoas devido à vasta e epidémica ignorância existente no sistema convencionalmente imputado e em vigor ainda!

 

 

           Senhor Bastonário, no seu escrito alarmista e despropositado, revelando um imenso e inusitado preconceito medieval feito “voz da ciência moderna”, e que refere maldosamente a “cura da diarreia” com actos supostamente ignóbeis esqueceu, também, que os grandes mitos e equívocos da medicina moderna nasceram no final do século XIX. E devem-se esses mitos, em boa parte, a duas grandes figuras da história da medicina e da biologia: Pasteur e Metchnikoff que, curiosamente, conheceram-se e encontraram-se em Paris. Por caminhos paralelos e, por vezes convergentes, as descobertas desses homens contribuíram para que a moderna medicina fosse uma ambígua e contraditória mistura de grandes verdades aparentes cobrindo grandes mentiras reais. Realmente o virtual, em medicina, começou cedo, começou com uma santíssima trindade a que é costume prestar culto quase religioso: Louis Pasteur (1828-1895), Robert Koch (1843-1910) e Ilya Metchnikoff (1845-1916). Refiro-me associar as infecções com os microorganismos, sendo, como bem sabe, uma verdade parcial, tornando-se, no entanto, uma verdade absoluta (um dogma) que, na minha mais honesta opinião, contribuiu para a total perversão da ciência médica alopata e da sua prática. Assim, ao descobrir a fagocitose, Ilya Metchnikoff, fez com que a imunidade e as ciências da imunidade confinassem-se quase exclusivamente a esse fenómeno. Entretanto, o contemporâneo de Ilya Metchnikoff, o alemão Emil Behring, descobridor do soro anti-diftérico, tentaria alargar o conceito de imunidade. Consequentemente ele sustentava que as forças defensivas ou imunitárias do organismo residem também no próprio soro sanguíneo, ou seja, na parte líquida do sangue, completamente isenta de glóbulos brancos. A tese de Emile Behring viria a ser aceite, ao que parece, por Metchnikoff, num gesto de tolerância larga e moscovita, como diria o nosso célebre Álvaro de Campos que, eventualmente, o Senhor conhecerá.  E assim desse modo, o uso de cobaias passou a ter o seu auge com as experiências dessas três eminências. A cada nova querela levantada pelos polemistas em presença, logo procedia-se a novas experiências, com os sempre prestáveis ratinhos de laboratório. Portanto, esquecem os barões da medicina ortodoxa, e os seus naturais comparsas, que a resistência a antibióticos pode acabar com a dita medicina moderna. Mas, entretanto, as indústrias farmacêuticas continuam a lucrar altamente com os antibióticos. E, quanto a tudo isto, o Senhor parece não ter opinião!

 

 

                 Senhor Bastonário, sabendo que esta minha reflexão pública já está extensa, poderei pensar que, com isso o meu ponto de vista central foi bem explanado, pelo que podia ter ainda falado sobre os hospitais psiquiátricos, também denominados hospícios ou manicómios, que são ainda hoje em dia protagonizados pelos internos como um verdadeiro circo de horrores. Porém, e à distância de um século, o que me interessa é aqui fazer perceber os mitos que se foram engendrando e que predominam ainda hoje na chamada ciência médica ortodoxa. Mitos esses, que o Senhor como médico e, muito especialmente como Bastonário da sua Ordem, devia ter examinado, estudado, aprofundado, antes de ter escrito as declarações intelectualmente desonestas que fez publicar na revista da sua ainda plenipotenciária organização contra a Lei das Medicinas Alternativas, Complementares ou Integrativas, não interessando aqui a real designação estabelecida, pois a qualificação “médico” sendo eventualmente sinónimo do que atrás foi referenciado, creio, firmemente, que muitos de nós não queiramos usar essa alcunha. Não tenha disso dúvida alguma!

 

             Senhor Bastonário, para terminar esta longa dissertação, quero aqui dizer-lhe que perdeu o seu tempo quando referiu “momentos históricos” e medievais da medicina dita naturista, esquecendo-se que esses mesmos momentos, se bem estudados e atentamente apreendidos, poderão servir também para corroborar assuntos e factos da medicina alopática actual, tal como aqui aconteceu. Portanto, acho que devia ter tido mais cuidado e agido mais cultivadamente. Sobretudo, devia ter tido cuidado em não mostrar nenhum tipo de arrogância ao falar como falou da Medicina Chinesa, e afins, tendo em conta que o “feitiço pode virar-se contra o feiticeiro”. Sinceramente, lamento que assim tenha procedido!

 

 

             Senhor Bastonário, diante da sua singular postura, do seu cepticismo decrépito, da sua caluniosa e arrogante pseudo certeza, do seu destempero e despautério contra a Medicina Integrativa / Complementar / Alternativa, e contra todos os seus técnicos e profissionais de Portugal – sou obrigado a lembrar que, por certo para si a liberdade não passa de um termo prostituído, e isso se não for precisamente a liberdade para que os outros façam o que a nós parece-nos a mais rotunda palermice por falta de conhecimento maior. Sinceramente, lamento aqui que seja compelido pela força das circunstâncias a defender inequivocamente a liberdade de ser tolo, frívolo, boçal, irreflectido, anticiência, crédulo, ignorante, etc., tal como o Senhor alude sobre a nossa actividade profissional. Porém, Senhor Bastonário, há uma grande diferença entre divulgar uma maneira alternativa de ver o mundo, com a ajuda da ciência e da cultura, e impor essa maneira de ver o mundo a quem a rejeita. Por favor, não esqueça isso!

 

 

           Em suma, Senhor Bastonário, permita-me convidá-lo a imaginar que todos nós juntos, indissociavelmente unidos, com o aval dos “mártires” da medicina ortodoxa, os iatrogénicos do serviço público de saúde, os mal acolhidos pelo sistema, os explorados na falta de outros recursos, os estropiados pela ignorância da escolha, os cegos pela visão ortodoxa que o Senhor tanto acastela e peleja - acordássemos e decidíssemos derrubar a vossa instituição, a vossa Ordem, os vossos consagrados direitos de existir como profissionais de saúde tendo em conta que, em nome da ciência, praticam ainda muitos médicos tanta e mediévica barbaridade. Efectivamente, o mundo seria bem diferente. Naturalmente, menos justo e evoluído e bem menos compassivo. Acredite Senhor Bastonário, que é efectivamente com a vossa presença, com a abundante e fácil comprovação da ineficiência da vossa ação, com a vossa experimentada perseguição, tentativas de acossamento e ideias retrógradas, que tornamo-nos melhores profissionais de saúde, mais cientificamente aparelhados, mais humanos e muito mais preparados para entender a razão da sua tão frenética bem como descompensada persecução e ausência de conhecimento sobre os pontos de vista aqui extensamente enumerados!

 

 

         Senhor Bastonário, por favor, não esqueça que o indivíduo pensa diferente, age diferentemente, percebe diferenciadamente, e que vivemos numa democracia e, como tal, existe uma diversidade cognitiva e existencial, um pluralismo profissional, uma multidisciplinaridade dos saberes, um direito individual à escolha, que é um direito nosso; e tudo isto é Sagrado e Constitucional. Doravante, Senhor Bastonário, anseio que sagre na sua mente o critério!

 

 

Atentamente.

 

Carlos Amaral

 

(Doutorado em Naturopatia, Homeopatia, Homotoxicologista, Terapeuta Ortomolecular, Biotrofólogo, Acupunctor, Iridólogo, Hipnólogo)

 

- Membro Honorário do “International Institute for Research on Metabolic Diseases and Cancer” (I. R. M. C.) da Academia de Ciências de Nova Iorque, desde 1989 -

 

 

 

 

CARTA ABERTA DIRIGIDA ao ACTUAL BASTONÁRIO da ORDEM PORTUGUESA de MEDICINA, DR. JOSÉ MANUEL SILVA, sobre a MEDICINA ALTERNATIVA

9 de Dezembro de 2013 às 10:25

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